A minha missão

familia

Eu sempre achei que a minha missão de vida fosse salvar o mundo. Talvez o meu próprio mundo, cheio de conflitos internos, dúvidas, questionamentos que me faziam perder preciosas noites de sono e paralisar de medo diante das inúmeras possibilidades que a vida me oferecia.

A minha missão precisava ser grandiosa, gigantesca, inexoravelmente heróica. Algo digno de um Gandhi, uma Madre Tereza de Calcutá, quiça um Nelson Mandela (apesar de admirá-lo profundamente, sou muito ansiosa para passar 27 anos presa em uma cela, aguardando o momento certo para agir). Megalomaníaca, eu? Não… apenas uma mente influenciável! Todos os dias vemos casos de pessoas que fazem coisas incríveis e deixam sua marca no mundo. Algumas salvam crianças na África, outras lutam pelos direitos das minorias; alguns sacrificam suas vidas em busca de igualdade social nos países árabes. Todos verdadeiros heróis. Todos seres humanos como eu e você.

Eu sempre pensei que se alguém é capaz de fazer, eu também poderia fazer. Eu juro que tentei por um tempo. Tentei me enganar e ser quem eu não era, fazer aquilo que não estava ao meu alcance, fazer chover numa terra que não era minha… até que eu descobri que o que me impedia de fazer coisas extraordinárias era simplesmente que eu NÃO QUERIA FAZER TAIS COISAS!

Foi difícil aceitar que eu não queria de verdade salvar o mundo. Essa nunca foi a minha missão. Mas a vida me deu uma família (um marido amoroso, uma filha carinhosa e enquanto escrevo, outra dentro da minha barriga) que me fez querer dar o melhor de mim. Essas pessoas lindas, incríveis, mas ao mesmo tempo desafiantes e à vezes irritantes me despertaram o desejo de ser a melhor Barbara que eu pudesse ser. Por mim e por eles. Teve início a minha revolução!

Nesse processo amei, lutei, derramei lágrimas e algumas vezes sangue (meu e deles) e assim, dia após dia, fui me esquecendo dos grandes projetos e me concentrando no meu micro universo. Minha existência ganhou propósito. Me percebi peça fundamental de um quebra-cabeça em que o meu estado de humor, a minha força de espírito, o meu amor e a minha simples presença poderiam influenciar diretamente a vida dessas outras pessoas chamadas família. Eu poderia inspirá-los ou desmotivá-los. Resolvi escolher a primeira opção. Na verdade, resolvi servir de inspiração para eles. Resolvi tornar a minha vida incrível, tão boa e maravilhosa, que serviria de exemplo para eles.

E assim, buscando tornar minha vida mais leve, mais colorida, sem tanta culpa e peso desnecessário, vi meu mundo e da minha família se transformar. Me tornei uma heroína para as pessoas que mais amo. Não fiz nada demais: não derrubei muros, não descobri nenhuma fórmula secreta, não reinventei a roda. Apenas tentei viver a vida da forma mais simples que consegui. Cansei de complicar, é isso!

Se eu ainda sonho de vez em quando em me tornar alguém especial para o mundo? É claro que sim, mas nesses momentos, uma voz deliciosa me desperta geralmente puxando o meu braço e dizendo: “mamãe, te amo!” e inevitavelmente eu me sinto a pessoa mais especial do mundo…

Parte da minha missão se realiza todos os dias servindo à minha família. Outra parte, quando distraidamente saio escrevendo por aí. Quem sabe de leitor em leitor eu também não colaboro para fazer do mundo um lugar melhor! 😉

 

 

 

 

 

 

 

 

Pendências da Vida

passaro.gaiola2Chegamos ao fim de mais um ano e já nos enchemos de planos para o ano que ainda vai começar. Prometemos, juramos, anunciamos tudo aquilo que nos propomos a fazer, mas o que fazemos com o que ficou? O que fazer com as ações não tomadas, as palavras não ditas, os abraços não dados?
Só há uma coisa a fazer: fazer!
Nenhum pensamento, nenhuma ideia, nenhuma promessa se sobrepõe à ação. Não existe fórmula mágica que faça os desejos se materializarem a não ser a ação!
Pare de se justificar, pare de se explicar, pare de se desculpar pelo que não fez. Apenas faça!
Não sonhe com uma vida melhor. Viva.
Não sonhe em encontrar um amor. Ame quem estiver ao seu lado.
Não sonhe em ser rico. Seja e pare de mendigar atenção. Você não precisa disso.
Você só precisa agir, fazer, acionar, dar o primeiro passo.
Você precisa vencer a inércia!
Feche os ciclos antes de abrir outros, caso contrário, seguirá carregando pendências até que 2016 vire 2017, 2018, 2019, 2020…
Você pode sentar e chorar ou levantar a cabeça e seguir em frente.
Já dizia o sábio: ação é melhor que perfeição.
Eu te convido a fazer de 2016 O MELHOR ANO DA SUA VIDA!

#avidaébarbara

Nina e Sheik

Nina e Sheik8 patas. 2 pares de orelhas compridas e muito, muito pelo. Uma branca com manchas marrons e o outro cor de caramelo. Nina e Sheik, meus dois cockers. Minha primeira família quando fui morar sozinha. De uma certa forma, ela foi abandonada e ele também. Já não cabiam mais nas novas estruturas das antigas famílias. Eu os recolhi, os amei e cuidei deles da maneira que pude. Eles me amaram, me protegeram e, seguramente, cuidaram muito melhor de mim.

Nina se foi com 13 anos, Sheik, beirando os 15. Ambos velhos, ambos ainda fascinados pela minha presença. Sheik mordeu uma colega, uma ex-cunhada, uma estranha no pet shop, meu marido e rosnou para a minha filha. Nunca, nem sequer uma única vez, ousou mostrar os dentes para mim. Nina nunca mordeu ninguém e quanto a mim, costumava lamber meus pés…

Meus cachorros me ensinaram a ser mais humana. Nina me ensinou a docilidade, o companheirismo, a serenidade e a paciência. Sheik me mostrou a coragem, a força, a determinação e a fidelidade.

Nina e Sheik foram meus confidentes. Estiveram comigo enquanto eu encarava a vida sozinha. Me viram sorrir e chorar, me levaram para passear à meia-noite, dormiram comigo no parque e deram muitas voltas no quarteirão. Confesso que depois de casar e ter uma filha, parei de lhes dar tanta atenção. Eles compreenderam e me respeitaram. Esperaram até eu perceber que eles também eram minha família.

Ambos me deram o privilégio de lhes servir nos últimos momentos. De lhes ser útil, de lhes ser fiel.

Nina e Sheik foram meus irmãos, meus filhos, meus companheiros, meus anjos da guarda.

Nina e Sheik passaram por esse mundo e ficaram em mim!

Pelos seus olhos

olhos

Pequena, não se deixe enganar pelos números: 37, 45, 52 anos não indicam a sua verdadeira idade. Você é infinita! Não fique brava se a vida não reflete o que você quer. A vida não é boa e é má. A vida é o reflexo do seu estado de humor. Pelos seus olhos a vida brilha ou se perde num gigantesco breu. Ficar triste é bom. Ficar alegre também é bom. Saudar o dia é bom. Chorar à noite também é bom. Tudo é bom! Mas se for do seu gosto, tudo pode ficar ruim. O controle remoto das emoções está nas suas mãos. No seu coração, para ser mais exata. Dele emanam as mais diversas vibrações que invadem o universo. O uni e o verso. Guarda teus dias do rancor desnecessário e poupa o mundo de palavras indesejadas. Ainda que proferidas pela boca de uma criança, elas machucam. Ao invés de negar o que É, aceita! Se vista de rainha quando for conveniente e se cubra com o lençol rasgado quando for necessário. A vida é feita de fases. Encena a tua linda história, mas nunca se confunda com os personagens. Você não é, você ESTÁ! O que você É não tem nome, não pode ser classificado, quantificado, categorizado. Você é a mais linda criação de Deus. A sua essência transcende a capacidade de entendimento da razão. Você é a mais bela poesia já criada pelo Pai. E tudo o que você percebe ao seu redor; o sol, o mar, a lua, as estrelas, e tudo mais, só existem para rimar contigo. Você é a própria Vida. E a vida, pra você é bárbara!

Perfeicão

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Viajarei para o outro lado do mundo para descobrir que tudo é perfeito. Aqui, lá e em todos os lugares. A perfeição de Deus se manifesta em absolutamente tudo, da menor formiga à grandiosidade do Taj Mahal.

A desarmonia não está no que vemos, mas nos nossos próprios olhos. Antes de viajar para a Índia muitos me advertiram que eu veria muita pobreza e imundice. Não coma, não beba, não sente, não confie! Deus sussurra no meu ouvido: “por que não comer o banquete que Eu preparei para você com tanto amor? Não se deixe enganar pelas aparências, sem elas, você não conseguiria Me perceber. Feche os olhos da carne e abra os olhos do espírito e você perceberá, EU ESTOU LÁ!

Aceitar a perfeição é quase tão difícil quanto aceitar as dificuldades. Por várias vezes passei por situações difíceis e procurei buscar a lição por trás de tudo, mas que aluna eu seria se passasse o resto da minha existência repetindo a mesma lição? Está na hora de aprender a receber. Da vida, das pessoas, de mim mesma. Sempre de Deus.

Também está na hora de aprender o quanto o tempo é relativo. Embarcarei para a Índia em poucas horas, com a expectativa de um futuro muito próximo. Quando esta revista chegar até você, minha viagem já será passado. Assim como tantos sonhos que tive e tenho, cheios de expectativa e quando me dou conta, já se realizaram.

O tempo entre o sonho e realização é o tempo da nossa aceitação. Demorei alguns anos para aceitar que essa viagem seria possível. E também para aceitar a sua opinião. Peço do fundo do meu coração que você se manifeste. Diga o que pensa e se eu consigo me comunicar com você. O e-mail está lá em cima, mas a gratidão fica aqui mesmo no final.

Obrigada por compartilhar comigo um pouquinho da sua existência e da sua atenção. Quando eu escrevo, eu sei que você está do outro lado e é por isso que eu espero que você possa sentir todo o amor que lhe envio agora. Se fechar os olhos da carne e abrir os do espírito, quem sabe não perceba que ele não vem de mim, mas Dele!

PS: esse texto será publicado na edição de dezembro da revista Hype.

Independência e Morte

Meu grito de independência não aconteceu às margens do rio Ipiranga, nem na esquina da São João com a Ipiranga e muito menos num posto de gasolina da marca Ipiranga.

Meu grito de independência não aconteceu num 7 de setembro e nem em nenhum outro feriado nacional. Foi num dia qualquer e só eu o ouvi.

Para me manter independente, meu grito segue reverberando continuamente por dentro de mim. Se ele se cala, corro o risco de achar que dependo da opinião e da aprovação dos outros para ser feliz.

Isso seria a morte!

Meu grito de liberdade é o eco da voz de Deus que sussura em mim. Para ouvi-lo, é preciso antes calar todas as outras vozes do passado que insistem em me dizer o que certo ou errado, o que devo ou  não devo fazer, o que os outros esperam de mim para que eu possa ser amada.

Calar essas vozes é assumir que agora, sou a dona do meu próprio caminho. É abrir mão de ser filha, seguidora, criatura.

É morrer para o que já não me cabe mais…

Como todo processo de morte, vivencio a dor da perda. Deixo as lágrimas correrem debaixo do chuveiro e seguirem para o ralo. Assim, elas se direcionam à fonte e reintegram o ciclo infinito da vida.

Minha liberdade me permite olhar para trás e reverenciar o meu passado e os meus antepassados. Meus erros e derrotas. Meus vícios e fraquezas.

Obrigada a tudo e a todos que passaram pelo meu caminho. Os carrego sob a forma de aprendizado e autoconhecimento. A luz que projeto no meu futuro é fruto das sombras que deixo para trás.

Livremo-nos das amarras! De preferência, as mentais.

Filhotes

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Ela cresceu na selva de pedra. Cercada de feras de todos os tipos e em total harmonia com o seu meio ambiente: barulho de carros, stress e competitividade. Tudo muito concreto.

Sua relação com o mundo animal incluia alguns cachorros e duas tartarugas de estimação que ganhou na adolescência. Nada de cavalgadas, nada de mergulhos, nada que envolvesse ela e um outro ser de patas, escamas ou penas. Inclusive pombos, que lhe davam nojo…

Até o dia em que sua filha nasceu e chegou aos 2 anos com medo da vida que se manifestava ao seu redor, o que lhe causou um pouco de culpa e tristeza.

E foi pelo amor a um ser humano que ela descobriu o amor pelos outros seres vivos. Num domingo de sol, levou a família para passear em uma fazendinha a poucos quilômetros da selva de pedra. Alimentou bezerros e cabritos, fez carinho em ovelhas e carneiros, brincou com patos, galinhas e perus, andou a cavalo, andou descalça, andou feliz…

Tudo isso para que a sua própria cria pudesse crescer saudável e um dia, deixar de ser humana para apenas Ser, integralmente e em harmonia com o Todo.

Sonhos

sonhos

Nos sonhos nos libertamos dos nossos limites físicos. Estamos aqui e acolá. Somos oniscientes e onipresentes. Já a onipotência, depende do grau de liberdade de cada um.

Nos sonhos recebemos respostas de perguntas que podem ou não terem sido feitas. Mergulhamos em um mar de conhecimento sobre nós mesmos e sobre o mundo ao nosso redor. Nos tornamos conscientes daquilo que, acordados, somos inconscientes. Sonhamos quando acordados. Acordamos enquanto dormimos.

A linha tênue que separa o mundo da vigília do onírico é tecida com as nossas crenças sobre a realidade. Quanto menos sei de mim, menos confio nos sonhos. Quanto mais aprendi, mais me permito sonhar. E me lembrar depois de desperto porque o véu que separa esses mundos é mais transparente.

Trazer para a vigília o conteúdo dos sonhos é buscar respostas em um mundo livre de perguntas limitantes. O corpo dorme, o espírito  não.

O tempo

tempo

O tempo não para. O tempo não volta. O tempo não dá tempo.

Saber se relacionar com o tempo é uma arte. Conquistada com o tempo.

O tempo não é causa. O tempo não é efeito. Mas o espaço entre eles.

O tempo se contrai e se dilata. Vide o tempo ao lado de um grande amor; não sobra. Vide o tempo de uma dor; parece não passar.

O tempo causa a ilusão de que o bem não é recompensado e que o mal não é punido. Ilusão.

O tempo é mestre porque nos permite aprender no nosso próprio tempo. Sem pressa. Se não foi ontem, será hoje. Se não for hoje, será amanhã. Ou depois. Ou depois.

O tempo dura o tempo que for necessário para que a ação sofra a sua reação. Para que a promessa seja cumprida, a semente plantada gere frutos e, porque não, o cuspe jogado para o alto caia na testa.

Caminhar pelo tempo é deslocar-se dos atos às consequências. Com consciência se chega mais rápido.

O tempo não para. O tempo cura. O tempo, também é Deus.

Uma vida temperada

de braços abertos

Razão e emoção. Assim como sal e açúcar, são dois temperos da vida. Uma vida sem emoção é dura, salgada, difícil de engolir. Uma vida sem razão é melosa, e por mais que se adore o sabor da doçura, um dia enjoa.

Saber temperar a vida com doses de razão e emoção é uma arte e precisa, entre outros ingredientes, de consciência. É preciso estar atento, desperto, para não errar a mão. A consciência permite que se experimente a vida a todos os instantes e possa, sempre que necessário, fazer uma avaliação do gosto das nossas experiências.

Ninguém vira mestre-cuca apenas lendo livros de culinária. Ninguém vira mestre zen apenas lendo livros de autoajuda. É preciso viver, pôr a mão na massa. Errar a dose, estragar a receita; perder o ponto. E ter coragem para tentar de novo. Talvez com um pouco mais de calma e atenção.

E quando tudo estiver pronto, saborear. A vida, sua racionalidade e seus momentos de emoção. Bon appetit!

O dia mais curto do ano

dia

No dia mais curto do ano eu acordei, peguei uma van para Goiânia, depois voltei para Anápolis, tomei um ônibus para Brasília, um táxi para o aeroporto, embarquei em um avião para o Rio e depois em outro para São Paulo, quando por fim, entrei no carro que me levou de volta para casa. Tudo isso entre o sol nascer e se pôr.

O dia mais curto do ano foi um dos dias mais longos da minha vida!

Conexão

bebê

Pela tela do computador eu vi o sorriso mais lindo do mundo. Ela sorria para mim enquanto eu chorava por ela.

Sua pequena mão buscava a minha e não compreendia como a mamãe podia caber dentro daquela máquina.

Ela beijava e acariciava o monitor e eu sentia o seu toque a centenas de quilômetros de distância.

O amor não precisa de cabos, fibra ótica ou wi-fi para ser transmitido. Basta um simples olhar, acompanhado pelo sorriso mais lindo do mundo…

O primeiro beijo

meu-primeiro-beijo

O primeiro beijo aconteceu depois de 5 anos e 12 dias que estavam juntos. Sentados no sofá enquanto sua filha dormia tranquilamente no andar de cima.

O primeiro beijo durou um minuto que durou uma eternidade. Tempo suficiente para relembrar todos os momentos que passaram juntos. Os bons e os ruins. As alegrias e as crises. A falta de grana e o excesso de coragem. Tudo. Sempre juntos.

Às vésperas do fim do mundo, o primeiro beijo selou um novo começo. Renovou as esperanças. Tornou-se a promessa de beijos futuros.

Quando se vive um dia de cada vez, não importa há quantos anos se está junto de alguém, é só deixar-se levar e o primeiro beijo sempre acontece. Hoje, amanhã, e depois…

Para um casal que se ama, não é preciso esperar 21 de dezembro de 2012 para o mundo acabar e começar outro novo. Basta desapegar-se do passado e dar uma chance para o presente. Não existe outro tempo a não ser ele. O Presente. E a esperança de um novo primeiro beijo.

Almas gêmeas

Almas gêmeas não se completam. Se espelham.

Não estão juntas porque uma tem exatamente o que falta na outra, mas porque quando olham para a outra, enxergam a si mesmas, especialmente as características que buscam renegar.

Almas gêmeas discordam, almas gêmeas se irritam. Almas gêmeas escolhem evoluir juntas.

Para um observador compenetrado, é lindo perceber a dança entre as almas. Uma avança, a outra recua. Uma pede, a outra dá. Uma se coloca no lugar da outra e ambas aprendem.

Almas gêmeas se tocam e se sentem. Sem superficialidades. E é por isso que às vezes dói. Não os gestos, não as palavras. Apenas a verdade. Que cura e liberta.

Almas gêmeas são comprometidas. Principalmente, consigo mesmas. Tornam-se melhores e mais parecidas entre si a cada dia que passa porque compreenderam que não são a soma de duas metades, mas o encontro de duas almas inteiras.

O palco da vida

– Pai, eu estou com medo!

– Por que, minha filha? Vai dar tudo certo. Tudo sempre dá certo…

– E se eu errar a cena?

– Você refaz. Quantas vezes forem necessárias.

– E se eu esquecer o que está no script?

– Não existe script, não existe roteiro, não existe ensaio. Apenas improvise.

– E se ninguém gostar?

– EU vou gostar. Eu sempre gosto.

– É porque você me ama…

– Eu sempre te amei. Você é a minha criação mais amada.

– Eu tenho medo de falhar.

– Meu amor não é baseado em resultados, muito menos em tentativas. Meu amor É. E o que quer que te assuste, não É, apenas ESTÁ!

– Ainda assim, eu me sinto assustada…

– Está na hora de abandonar as ilusões. Nada e ninguém é melhor do que você porque aos meus olhos não existem diferenças. Não se pode comparar o azul com o amarelo já que ambos possuem qualidades próprias. Julgamentos de valor não existem na minha essência, apenas na limitação da mente humana. Abandone os conceitos de bom e ruim, certo e errado e concentre-se no que realmente importa: NADA importa!